domingo, 24 de abril de 2011

Tim Berners-Lee criou o HTML original (e outros protocolos associados como o HTTP) em uma estação NeXTcube usando o ambiente de desenvolvimento NeXTSTEP. Na época a linguagem não era uma especificação, mas uma coleção de ferramentas para resolver um problema de Tim: a comunicação e disseminação das pesquisas entre ele e seu grupo de colegas. Sua solução, combinada com a então emergente internet pública (que tornaria-se a Internet) ganhou atenção mundial.

As primeiras versões do HTML foram definidas com regras sintáticas flexíveis, o que ajudou aqueles sem familiaridade com a publicação na Web. Atualmente a sintaxe do HTML é muito mais rígida, permitindo um código mais preciso. Através do tempo, a utilização de ferramentas para autoria de HTML aumentou, assim como a tendência em tornar a sintaxe cada vez mais rígida. Apesar disso, por questões históricas (retrocompatibilidade), os navegadores ainda hoje conseguem interpretar páginas web que estão longe de ser um código HTML válido.
A linguagem foi definida em especificações formais na década de 1990, inspiradas nas propostas originais de Tim Berners-Lee em criar uma linguagem baseada em SGML para a Internet. A primeira publicação foi esboçada por Berners-Lee e Dan Connolly, e publicada em 1993 na IETF como uma aplicação formal para o SGML (com uma DTD em SGML definindo a gramática). A IETF criou um grupo de trabalho para o HTML no ano seguinte, e publicou o HTML 2.0 em 1995. Desde 1996, as especificações HTML vêm sendo mantidas, com o auxílio de fabricantes de software, pela World Wide Web Consortium (W3C).[1] Apesar disso, em 2000 a linguagem tornou-se também uma norma internacional (ISO/IEC 15445:2000). A última especificação HTML lançada pela W3C foi a recomendação HTML 4.01, publicada no final de 1999. Uma errata ainda foi lançada em 2001.
Desde a publicação do HTML 3.5 no final de 1997, o grupo de trabalho da W3C tem cada vez mais — e de 2002 a 2006, de forma exclusiva — focado no desenvolvimento do XHTML, uma especificação HTML baseada em XML que é considerada pela W3C como um sucessor do HTML.[2][3][4] O XHTML faz uso de uma sintaxe mais rigorosa e menos ambígua para tornar o HTML mais simples de ser processado e estendido.

Etiquetas

Todo documento HTML apresenta etiquetas[5], elementos entre parênteses angulares (chevron) (< e >); esses elementos são os comandos de formatação da linguagem. A maioria das etiquetas tem sua correspondente de fechamento:
<etiqueta>...</etiqueta>
Isso é necessário porque as etiquetas servem para definir a formatação de uma porção do documento, e assim marcamos onde começa e termina o texto com a formatação especificada por ela. Alguns elementos são chamados “vazios”, pois não marcam uma região de texto, apenas inserem algum elemento no documento:
<etiqueta>
Uma etiqueta é formada por comandos, atributos e valores. Os atributos modificam os resultados padrões dos comandos e os valores caracterizam essa mudança. Exemplo:
<HR color="red">
No qual:
  • HR = comando que desenha uma barra horizontal
  • color = atributo que especifica a cor da barra
  • red = valor do atributo color, que é a cor da barra que será desenhada
Cada comando tem seus atributos possíveis e seus valores. Um exemplo, é o atributo size que pode ser usado com o comando FONT, com o HR mas que não pode ser usado com o comando BODY. Isso quer dizer que devemos saber exatamente quais os atributos e valores possíveis para cada comando.
De uma maneira geral o HTML é um poderoso recurso, sendo uma linguagem de marcação muito simples e acessível voltada para a produção e compartilhamento de documentos e imagens.

Edição de documentos HTML

Os documentos em HTML são arquivos de texto simples que podem ser criados e editados em qualquer editor de textos comum, como o Bloco de Notas do Windows, ou o TextEdit, do Macintosh. Para facilitar a produção de documentos, no mercado existem editores HTML específicos, com recursos sofisticados, que facilitam a realização de tarefas repetitivas, inserção de objetos, elaboração de tabelas e outros recursos (Ver lista abaixo). Basicamente dividem-se em dois tipos:
  • Editores de texto fonte: inserem automaticamente as etiquetas, orientando a inserção de atributos e marcações
  • Editores WYSIWYG: oferecem ambiente de edição com um "esboço" resultado final das marcações

Estrutura básica de um documento

A estrutura de um documento HTML apresenta os seguintes componentes:
<!DOCTYPE HTML PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.01//EN" "http://www.w3.org/TR/html4/strict.dtd"> 
<html lang="pt">
  <head>
    <title>Título do Documento</title>
  </head>
  <body>
    aqui fica a página,
    texto (geralmente <p></p>, <div></div> ou <span></span>),
    imagem (<img></img>),
    links (<a></a>),
    ...
  </body>
</html>
As etiquetas HTML não são sensíveis à caixa, portanto tanto faz escrever <HTML>, <Html>, <html> ou <HtMl>.
As etiquetas básicas de HTML, cuja presença é altamente recomendada nas páginas são:
  • <html>: define o início de um documento HTML e indica ao navegador que todo conteúdo posterior deve ser tratado como uma série de códigos HTML
  • <head>: define o cabeçalho de um documento HTML, que traz informações sobre o documento que está sendo aberto
  • <body>: define o conteúdo principal, o corpo do documento. Esta é a parte do documento HTML que é exibida no navegador. No corpo podem-se definir propriedades comuns a toda a página, como cor de fundo, margens, e outras formatações

Cabeçalho

Dentro do cabeçalho podemos encontrar os seguintes comandos:
  • <title>: define o título da página, que é exibido na barra de título dos navegadores
  • <style>: define formatação em CSS
  • <script>: define programação de certas funções em página com scripts, podendo adicionar funções de JavaScript
  • <link>: define ligações da página com outros arquivos como feeds, CSS, scripts, etc
  • <meta>: define propriedades da página, como codificação de caracteres, descrição da página, autor, etc. São meta informações sobre documento. Tais campos são muitos usados por mecanismos de busca(como o Google) para obterem mais informações sobre o documento, a fim de classificá-lo melhor. Por exemplo, pode-se adicionar o código <meta name="description" content="descrição da sua página" /> no documento HTML para indicar ao motor de busca que texto de descrição apresentar junto com a ligação para o documento. Para o sistema Google, comandos meta como keywords por exemplo não são utilizadas para indexar páginas. Apenas <title> e a meta <description> são usadas para descrever a página indexada[6]
Obs: as etiquetas <style> e <script> servem tanto para delimitar o espaço usados pelos códigos na página quanto para invocar códigos existentes em outros arquivos externos.

Corpo

Dentro do corpo podemos encontrar outras várias etiquetas que irão moldar a página, como por exemplo:
  • <h1>, <h2>,... <h6>: cabeçalhos e títulos no documento em diversos tamanhos. (quanto menor for o número, maior sera o tamanho da letra)
  • <p>: novo parágrafo
  • <br>: quebra de linha
  • <table>: cria uma tabela (linhas são criadas com <TR> e novas células com <TD>. Já os cabeçalhos de coluna são criados com a etiqueta <TH>)
  • <div>: determina uma divisão na página a qual pode possuir variadas formatações
  • <font>: altera a formatação (fonte, cor e tamanho) de um trecho do texto
  • <b>, <i>, <u> e <s>: negrito, itálico, sublinhado e riscado, respectivamente
  • <img>: imagem
  • <a>: hiper-ligação para um outro local, seja uma página, um e-mail ou outro serviço
  • <textarea>: caixa de texto (com mais de uma linha); estas caixas de texto são muito usadas em blogs, elas podem ser auto selecionáveis e conter outros códigos a serem distribuídos
  • <acronym>: acrônimo (sigla)
  • <cite>: citação
  • <address>: endereço

Hiperligações

Uma propriedade importante dos documentos HTML é a possibilidade de fazer hiperligações. Para isso usa-se a etiqueta <a> (do inglês, anchor). Esta tem os atributos: href que define o alvo da hiperligação (que pode ser uma página de Internet, uma parte da mesma página ou um endereço de email) ou name que define um alvo nessa página (a onde se pode fazer uma hiperligação usando a etiqueta a com o atributo href). Exemplos:
  • <a href="ht­tp://pt.wikipedia.org/">Clique aqui para aceder à página principal da Wikipédia em português.</a>
  • <a name="nome">texto</a>
Em que nome e texto podem ser substituídos por o que se desejar. Depois usa-se <a href="#nome"> </a> para hiperligar a este "anchor".

Caracteres especiais e símbolos

Os caracteres especiais definem-se usando comandos que começam com & e terminam com um ;. Alguns exemplos incluem &aacute; (á), &agrave; (à), &atilde; (ã), &acirc; (â), &auml; (ä) e &ccedil; (ç). Qualquer outra vogal pode ser substituída pelo a destes exemplos, incluindo maiúsculas.
CREDITOS À WIKIPÉDIA

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